segunda-feira, 15 de setembro de 2008

ESTUDANDO A CONFISSÃO DE FÉ

IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL.
CONGREGAÇÃO PRESBITERIANA DA SAGRADA HERANÇA
REFORMADA.
REFLEXÕES NA CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER.
Prof. João Ricardo Ferreira de França.[1]
Jrcalvino9@gmail.com / jrcalvino9@hotmail.com / jrcalvino9@yahoo.com.br


RESUMO: Capítulo 1 – seção: 1

Introdução: Temos percebido que a doutrina da revelação de Deus tem sido negligenciada por muitos crentes, os de posição históricas e tradicionais – com um formalismo letárgico que parece que não existe mais nada a ser dito sobre estas questões; por outro lado, pessoas há que defendem a revelação de Deus em termos extraordinários. O que nós podemos fazer? Que respostas podemos oferecer a nossa geração? O que aprendemos aqui nesta seção da Confissão de Fé de Westminster?

I- Aprendemos que existe Uma revelação chamada de geral na qual Deus é visto como criador:

A revelação de Deus dada através da natureza é conhecida como revelação natural ou geral. Esta forma da revelação de Deus manifestam alguns atributos fundamentais:
1. Bondade: Ao olhar para a criação nós percebemos tudo é fruto da bondade de Deus, esse mundo foi criado para refletir a bondade de Deus aos homens “e viu Deus que tudo era bom”(Gn.1.31).
2. Sabedoria: Ao contemplar a ordem que há na criação, somos inclinados a perceber que toda a criação é fruto de um Deus sábio. Tudo o que existe revela a sabedoria de Deus neste mundo. (Salmo 104).
3. O poder de Deus: As obras da criação e providência nos falam do poder de Deus ao criar o mundo ex-nihilo (do nada) revela o poder soberano de Deus ao criar o mundo.
A Escritura nos ensina isso de forma clara em textos como Salmos 19.1-4; Romanos 1.19-20. Ou seja, toda a criação como tal revela Deus aos homens de maneira incondicional. A revelação natural tem sido conhecida como o “livro de Deus visto pelos olhos dos homens, a professora sem voz que ensina com sua beleza e gestos”.

II – Aprendemos que os homens diante desta revelação são indesculpáveis.

A confissão nos ensina, como declara a Bíblia, que os homens são indesculpáveis perante Deus, pois, o livro da criação os coloca nesta condição. Eles ( os homens ) têm a Lei de Deus gravada em seus corações (Romanos 2.14-16) esta é chamada de revelação geral imediata, pois, Deus não se utiliza de meios para comunicar a sua verdade, antes a esculpe no coração do homem. E assim os homens se tornam mais indesculpáveis perante o juízo do Deus (Romanos 1.18-32).

III – Aprendemos que a revelação geral não pode conduzir o homem ao caminho de salvação.

Onde está a falha? Na revelação de Deus dada na criação? Não. A falha está no homem que adora a criação em lugar do criador(Romanos 1.25-31). O caminho de salvação não é indicado pela criação, pois, ela aponta para um criador, mas não para um redentor. Este é o ponto. A revelação geral ou natural tem esse objetivo.

III – Aprendemos que essa revelação de Deus é orgânica e progressiva.

Deus ao longo dos tempos decidiu revelar a sua vontade salvadora aos homens, esta verdade ela assemelha-se a uma semente (orgânica) que nasce para gerar uma árvore dia-a-dia (progressiva). É uma mesma revelação dada em tempos diferentes (Hebreus 1.1) note que no texto de Hebreus os verbos estão todos no aoristo ( tempo grego que indica uma ação completa que não pode ser repetida) ; isso, em diversos modos – profetas, sacerdotes , sonhos, visões e revelações extraordinárias.

IV - A revelação especial como um conforto para a Igreja de Cristo.

A revelação especial é o registro infalível da vontade de Deus concernente a sua vontade salvadora. O registro da revelação tem três propósitos:
1. para melhor preservar a verdade.
2. Para melhor propagar a verdade.
3. Para o conforto da Igreja.
O conforto e estabelecimento da Igreja no registro da revelação tem em vista três inimigos mortais da Igreja de Deus:
1. A corrupção da Carne.
2. A malícia de Satanás
3. A malícia do Mundo.
V – Aprendemos que a revelação especial, no que diz respeito a salvação do homem e condução da Igreja, está plenamente escrita – ou seja, ela é completa.

A Confissão de Fé nos ensina que o registro da revelação no que diz respeito a questão da salvação de pecadores e em relação a vida da Igreja a Bíblia é completa – não falta nada na Bíblia no que diz respeito a estas questões.

VI – Aprendemos que a revelação especial é suficiente.

Nesta seção de nossa Confissão de Fé aprendemos que a Escritura é indispensável – significa que é suficiente não precisamos de sonhos, revelações adicionais, profecias e línguas, pois, temos a Bíblia como sendo a nossa única fonte de revelação escrita. Deus só fala através da sua revelação especial – a Bíblia Sagrada! (veja-se Hebreus 1.1-2 - o verbo falou está no aoristo que indica uma ação completa que não se repete).
[1] O autor deste estudo é membro da Igreja Presbiteriana do Brasil. É fundador e Lidera a Congregação Presbiteriana da Sagrada Herança Reformada em Prazeres – Jaboatão dos Guararapes – PE. Atualmente está bacharelando em Teologia no Seminário Presbiteriano do Norte em Recife – PE.

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